sexta-feira, 29 de agosto de 2008

Speaking their names, they shake the flag
Waking the earth, it lifts and lags
We see a thousand rooms to rest
Helping us taste the bite of death
I know, I know my time has passed
I'm not so young, I'm not so fast
I tremble with the nervous thought
Of having been, at last, forgot

Sufjan Stevens, Come on Feel the Illinoise

"I wish I had an enemy just to have someone in mind to whom I could focus all my anger and all my willing of being a bad, bad person. Because that, in fact, is what I am."

Alan Peterson, The Night of All Ghosts

segunda-feira, 25 de agosto de 2008

UnB? Pra quê?

Depois de 2 anos estudando REL descobri minha vocação assistindo Superpop.
Quero ser redator de revista de fofoca.
Inventar notícias sobre subcelebridades deve ser a melhor coisa do mundo.
Já tô até vendo.

Mulher melancia mostra a bunda em frente a Embaixada da Argentina em protesto contra o fracasso da Rodada Doha.

quinta-feira, 21 de agosto de 2008

Para Lyanna (ou Como minha cabeça funciona às vezes, só às vezes)

Um amigo comentou comigo sobre um concurso de literatura. O 19º Concurso de Contos Paulo Leminski, da UNOESTE. Daqueles que eu morro de preguiça de participar. E, sim, também morro de medo de ficar em último lugar.

Entrei no site do tal concurso. A mérito de curiosidade, cliquei na seção Anteriores e dei uma olhada nos vencedores dos anos anteriores. O vencedor do ano passado foi um conto entitulado Batalha Pacífica.
Poderia haver título mais boçal? Imagino o autor acordando um belo dia e pensando "vou escrever um conto!", e, mais tarde, "noossa! Vou colocar um paradoxo no título!". Aproveito a oportunidade para esclarecer o meu ódio a falta de sensibilidade em literatura. Puta merda, tipo, se toca, esse título é ridículo! O uso de paradoxos em títulos, para criar uma metáfora riquíssima e blablabla, passou de sacada genial para moda e para cliché primário e depois para cliché absoluto em exatamente quatro segundos após a primeira pessoa ter tido essa idéia! Nem mesmo Nora Roberts ou Danielle Steel fazem isso mais!


Vou participar do concurso. Já comecei a escrever um novo conto. É uma história de amor, como sempre. Ainda estou decidindo o título. Estou em dúvida entre "Amores Odiosos" ou "Vida Mortal". Me ajudem.

No site do concurso ainda há uma lista dos vencedores das Menções de Honrosas. Adivinhem como se chama o primeiro deles? Dica: a autora é uma professora de uma faculdade de letras. O título de seu maravilhoso conto que levou menção honrosa desbancando seus bravos concorrentes foi O Poder do Livro.
Imagino que ela deve publicar uma série de contos seguindo essa linha mias política mesmo. Os outros títulos seriam O Poder do Amor, O Poder da Paz, O Poder do Bem, O Poder da Vida... Riquíssimo.

Me poupe de tanta professoras prezárias - conceito meu e da Lyanna - que fazem letras metidas a politicamente corretas. É sempre a mesma coisa: mulher em torno dos 23, 24 anos, sempre de estatura mediana, que costuma usar calça jeans e tênis branco, óculos, cabelos presos e adora Cecília Meirelles e Vinícus de Moraes. Me poupe. E nem vem reclamar que eu estou falando sem propriedade ou conhecimento de causa. A Lyanna é minha fonte de informações pela qual extraio minha base empírica sobre os assuntos do "pessoal de letras".
Não bastasse isso, fui - realmente - pesquisar no google who the hell era essa mulher. E, voilà! Encontrei inúmeros títulos que ela já publicou! Os nomes das principais obras primas:
Ritual dos Anjos e Mensagens das Flores!

ps.: o nono lugar a receber menção honrosa foi um conto cujo título era Cemitério - O início de uma nova vida. eu espero que seja puramente espírita, por que se não for, o autor também é daqueles que aposta num paradoxozinho légau no título pra enfeitar!

quarta-feira, 20 de agosto de 2008

Oráculos

Em tempos de desespero, resolvi recorrer aos oráculos. De primeira, fiz uma pergunta sobre carreira. Os mais próximos conseguirão facilmente formular mentalmente as palavras que usei na pergunta.

A resposta.


O DEZ DE COPAS
A carta em pé: Cidade
A carta anuncia a possibilidade do recebimento de uma ajuda ou presente significativos, que lhe proporcionarão superar um momento de fadiga. Mas, valorize a sua casa e o seu ambiente de trabalho, pois nesses lugares você colherá os frutos que espera. Se atuar com retidão, você merecerá o apreço dos que estão ao seu redor e não enfrentará fofocas.

O ÁS DE OUROS
A carta invertida: Raridade
Este arcano lhe anuncia muita riqueza e conforto provenientes de economias e negócios acertados. Pode fazer referência ainda ao seu talento ou ganhos relacionados com obras de artes, antiguidades, mineração joalheria etc. Uma correspondência poderá lhe trazer uma notícia inesperada e muito favorável.

O SETE DE ESPADAS
A carta em pé: Esperança
A presença de outras cartas positivas em jogo pode advertir que as suas esperanças serão, por fim, concretizadas. Para isso, você deverá empenhar-se ao máximo naquilo que deseja: a vitória apenas virá como resultado de seus esforços e determinação.


Que puta medo do futuro. Puta medo!

segunda-feira, 18 de agosto de 2008

Fins-de-semana

Eu adoro o prefixo ex.

Que pena!

Eu tinha tudo pra dar certo...

Bonito, inteligente, maaaaas...

Hahahaha!

quarta-feira, 13 de agosto de 2008

Ser de câncer nunca foi tão minha cara.

terça-feira, 12 de agosto de 2008

Picotes do passado

Revirando as tralhas que insisto em guardar no fundo do meu computador, encontrei uma pasta antiga que reunia logs de conversas importantes. Após relê-los e me divertir muito com a leitura, decidi postar trechos intrigantes de algumas conversas aqui. Descobri que, quando não se lembra nem o assunto nem se sabe o interlocutor, as conversas ficam muito mais interessantes. Detalhe: todos os trechos envolvem pessoas diretamente presentes na minha vida.

27 de setembro de 2007

pi diz: SÃO QUATRO DA TARDE! ISSO É HORA DE ESTAR BEBADA? SUA LOUCA!
x diz: kkkkkkkkkkkkkkkk
piiiiiiiiiiiiiiiiiiiinga!
e brigadeiro!
e filme triste!
e todo mundo na fossa!

23 de fevereiro de 2007

felipe diz: vc ta falando serio? nossa...
x diz: a gente ta normal... quansdo a geente se encontra, é normal... a gente faz o q quiser... e qnd ta longe faz o q quiser tb...

14 de janeiro de 2007

x diz: mas sabe q sente/sentiu uma coisa na barriga escrota e tals e uma vontade d ficar perto?
felipe diz: o que eu sei muito bem o que é...
x diz: eu acho q deve ser isso q ele sente. mas dá outro nome pra isso.

22 de abril de 2007

felipe diz: puríssimo!!! logo, eu vou pro meio das coxas.
x diz: essa era a intenção, querido. fazer nas coxas. kkkkkkkkkk

04 de setembro de 2007

x diz:
TÁ? gracinha. hehehehee, não precisa contar q eu vomito na pia do beto, eu deixei ela limpinha depois! Taquei até um negocio q tem o cheiro bom..
felipe diz: ok, pode deixar, não conto não. rsrs.

26 de abril de 2007

x diz: meu corpo inteiro formigava...parecia q minha pressao tava caindo sem parar!
felipe diz: haha, eu vi mesmo!

Piriquetando no Itamaraty 2

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Minha nova chefe fuma.






Não, não. Nada demais. É só uma informação aleatória mesmo. Rsrs.

Melhor ficar calado

- Nossa, Cacito, que capas feias as desses livros, não?
- Nossa, horrorosas!
- Olha esse aqui! Além de ter uma capa horrível, que parece de um livro de sebo, tem um título péssimo. Vigiar e Punir! Haha, que besta!
- Haha, é mesmo. E who the hell é esse tal de /Máikel Fôulcált/?


- Nossa, Cacito, essa livraria tem uns livros ótimos!
- Não é mesmo?
- Olha aquele alí, que beleza, sobre Botânica.
- Fisiologia Vegetal do Cerrado Brasileiro?
- Não, esse não. O na frente dele, o de capa azul, Raízes do Brasil.
- Hm, interessante. [pega o livro nas mãos] Olha só, não sabia que o Chico tinha um irmão botânico!

sexta-feira, 8 de agosto de 2008

Piriguetando no Itamaraty

Pra lá e pra cá, pra lá e pra cá...

Ensinando Teoria das Relações Internacionais

A pedido dos meus amigos, comecei a ensiná-los um pouco do que se vê em Teoria das Relações Internacionais (adelante, TRI). Para tanto, tomei fatos do cotidiano, como sempre faço - e acho válido - para exemplificar proposições teóricas. (Vale ressaltar que esse exercício reviveu em mim a minha velha vontade de desenvolver uma pesquisa na área aplicando a teoria do comportamento dos Estados à pessoas, propondo uma Psicologia Política. Hoje, sinceramente, acho esse projeto um absurdo ou algo próximo disso, por mais que soe possível e interessante).

Aula 1 - Diferenças ontológicas entre a corrente Neorealista e Construtivista

Situação: Meu grupo de amigos vai à um bar em Goiânia. Muitas pessoas. Umas 18, eu diria. O empasse é que esse grupo estava fragmentado, ou seja, vários pacotinhos de pessoas (indo na onda da Lyanna) estavam dispersos pela cidade e não sabiam o bar ao qual iríamos tampouco o horário ou meio-de-transporte. Fato: alguém precisa organizar o encontro. O que ocorre? Beto centraliza a organização, o que faz com que ele tenha que atender e telefonar a cada 17 segundos, impedindo-me de discutir com ele em uma mesa do Café Franz's. Mobiles sucks.

O que um Neorealista diria? Primeiramente ele elencaria como fatores de poder elementos de natureza material, no caso, o celular e a conta ilimitada patrocinada pela Josias Corporations, que o Beto tem. Dessa forma, é visível que o Beto asumiu a posição de hegemon, encarregado de organizar a saída e decidir destinos, pois possuía os fatores de poder (material) necessários para tanto.

O que um Contrutivista diria? Ok, é óbvio que o Beto não teria assumido a posição de hegemon sem os recursos materias necessários para desempenhar essa função. Mas seria essa a explicação suficiente?
Por que, por exemplo, a Renata não centralizou as organizações para a saída daquela noite? Afinal, ela tem um celular muito mais moderno e com uma conta muito mais poderosa do que a do Beto. Ela tem até um carro melhor do que o do Beto!
É basicamente a esse tipo de pergunta que os realistas não conseguem dar uma resposta por partirem de uma ontologia muito limitada. O construtivismo põe no centro da mesa não os elementos materiais como fatores determinantes de poder, mas sim as idéias socialmente compartilhadas. Ou seja, o contato dos atores acaba por criar condicionantes de comportamento e culturas próprias que passam a reger as posturas dos mesmos.
Nesse sentido, o Beto centralizou a organização para a saída daquela noite não por que tinha ele um celular potente ou grana ilimitada para gastar com ligações, mas sim porque é ele que, por "tradição", sempre faz isso! Ok, fatores materiais importam, mas apenas imbuídos de significados. Ou seja, os atores já se adaptaram em depositar na pessoa do Beto a "responsabilidade" e função de organizador. Pensem como seria estranho a Aline, sentada numa mesa do Matsuri, com o celular na mão calculando quanto cada um deveria pagar e tudo mais. No no no.

Eu sou tudo aquilo que nunca consegui ser.

quinta-feira, 7 de agosto de 2008

Experiência 1

Eis agora, no período de férias que me deixa com mais tempo livre do que posso suportar, uma série de experiências que resolvi empreender com/contra meus amigos. Com essas, tenho o intuito de repensar cada um deles a partir de uma situação proposta, que nada tem de técnicas de análise psicológica. Ao fim, percebi que essas experiências acabaram por mais me divertir do que para sucitar qualquer análise comportamental.

Passo 1:
Enviei scraps para um grupo de amigos, carinhosamente chamados de "Grupo Amostral", dizendo "Te odeio". Os resultados mais interessantes apresento aqui.


RATO 1 - TATIANE DOS SANTOS
A cobaia respondeu "Te quiero, puta". É evidente que isso demonstra a banalidade com que ela trata o amor e sentimentos profundos. Ademais, também é perceptivel o incrível tesão que ela sente por mim, que atinge pontos incontroláveis.


RATO 2 - ALBERTO CAZARIM
Indagou-me por MSN no dia seguinte:

Cazarim diz: quero entender o scrap.

Pi diz: haha, é bobagem.

Cazarim diz: que bobagem é essa que vem do nada?

Pi diz: vc consegue compreender bobagens que vem do nada?

Cazarim diz: nao compreendo AS bobagens, mas sim que elas existam. além do mais, o que é existir se as bobagens são apenas entes abstratos que nem sequer consideramos, e, por isso, chamamos de bobagens, não é mesmo? mas para falar a verdade, as bobagens remontam a uma certa fragilidade a qual não entendo. afinal, o que é o gesto da bobagem em seu ser completo?

Pi diz: legal. vou comprar uma coca. beijos!


RATO 3 - LYANNA FLORES

Respondeu por scrap (fumando um cigarro com olhar superior): "Pueril, você..."


RATO 4 - ALINE PEREIRA

Respondeu por scrap: "Seu bruxo! Também te odeio!"
Canceriana típica. Conheço vááárias vezes.


Próximo passo: comprar uma maquininha de dar choquinho para condicionar meus amigos segundo o meu próprio interesse.


[voz de assessorista de vôo] Os nomes contidos nesse post foram modificados para manter a privacidade de cada um deles.