quinta-feira, 30 de abril de 2009

Comida

Eu queria que a história do mundo fosse dividida entre a.P. e d.P. Antes da Pizza e Depois da Pizza.

quarta-feira, 22 de abril de 2009

Imensidões

Do lado de lá, do lado de cá. Uns crescem saltitando, outros engatinhando.

Você se diz muito teórico e vive a afirmar que saiu da realidade. Não é nada disso, não. Você é viciado em prazer. E esse é sua maior fraqueza.

Cuidado com o excesso de legitimidade que os outros veem em você, por maior que seja a sua verdade.

Você sempre sai de casa com uma certeza imensa do mundo, nas pessoas, dos argumentos e das suas motivações na cabeça que ela mal passa pela porta.

O que mais faz com que você se indisponha com o mundo é a sua imensa vontade de nunca fazê-lo.

Não se esqueça que o sol um dia se apagará. Daqui a muito tempo, é verdade. Mas o que você pretende fazer até lá?

terça-feira, 14 de abril de 2009

Relato de como Py abandonou a igreja

Então. Estava o Py passeando pelos gramados das entrequadras bransilienses, quando, ao parar do lado de uma arvorezinha, aproveitou a deixa para largar a coleira e abandonar a Igreja enquanto essa fazia xixi equilibrada em três patas.

Versão original em http://waltzforanight.blogspot.com/

Pápápá!

Aula de História Contemporânea. Professor discursa como um locutor de rádio. Em alto e bom tom, com uma destreza argumentativa perfeita, porém chato e cansativo.
Explicando o capital histórico relativo a minha relação com ele: Pi mata as cinco primeiras aula do semestre de uma vez só - sendo que tenho direito a apenas sete durante todo o período. Na sexta aula, chego, sento numa cadeirinha bonitinha, e, quando ele segue a fazer a chamada oralmente:

-Felipe Ricardo!
-Eu! - erguendo a mão, acenando presença. O professor olha a lista de chamada, olha para mim novamente e abre a boca para dizer:
-Seja bem-vindo! - irônico. Odeio ironias dos professores.
-Obrigado - com cinismo. O professor, sentindo meu tom de voz, prossegue, sem deixar por menos:
-O senhor quase reprova, se continuar desse jeito... - ergue as sobrancelhas como um jacobino se divertindo ao torturar um girondino.
-Eu estou ciente do meu direito de faltar 25% do semestre letivo, o que corresponde a 7 faltas para esssa matéria de 4 créditos.

Ok.

Hoje pela manhã, entrei na sala exatamente às 8h, horário de início da aula. Fiquei cerca de 30min prestando atenção, caindo de sono. Saí para um café. Quando volto, passo pela frente da mesa na qual o professor estava sentado, e ele:

-O senhor fica nesse entra e sai, aí não tem jeito mesmo! Já matou não-sei-quantas-aulas... - disse ele como Meternich reclamando no Congresso de Viena.
Ainda em pé, respondi com um tom semi-manhoso:
-Professoooooor, não pega no meu pé não... - professores odeiam serem acusados disso.
-Pegar-no-seu-pé? O senhor não consegue ficar quieto assistindo a aula? Tem que ficar entrando e saindo? - argumentou insistentemente como um monarca que se vê ameaçado pelas massas armadas.
-Fui tomar um café pra dar conta de te escutar sem cair de sono na carteira - alfinetei.
Acometido por um sentimento inesperado e se sentindo acusado, o professor usa de sua mais cara arma de artilharia: ameaçar o aluno deixando bastante claro seu poder sobre as menções e notas finais.
-Qual o nome do senhor?
Sentindo o perigo, revidei:
-Vai me marcar pra continuar pegando no meu pé e corrigir a minha prova com um carinho especial? - tenso! Erqui a sobrancelha também - Felipe, Felipe Ricardo - conclui.

segunda-feira, 6 de abril de 2009

Ma perché lui non c'è qui?