terça-feira, 29 de abril de 2008

Já faz tempo

Fiquei a recordar por um bom tempo, e isso já faz um bom tempo, o tempo em que eu me mudei para Brasília, ou melhor, o tempo em que se iniciou o tempo do Pi morando sozinho. Não foi uma recordação entusiasmada, tampouco pesarosa. Foi saudosista, num sentido difícil de ser descrito. Parece-me que apenas nos dias de hoje eu consigo ver que tempo bom foi aquele, no sentido de que foi difícil. Não me refiro aqui aos frutos da liberdade de estar sozinho em uma cidade desconhecida. Me refiro às dificuldades e à própria construção de uma realidade nova. Que puta peso hoje eu consigo atribuir àquilo tudo! Não foi uma época feliz, de maneira alguma, mas foram seis meses de uma experimentação muito pura, cujos rumos indeterminados determinavam o passar das horas, sob a luz incandescente do meu quarto. Chegar em casa sempre às seis da tarde, logo ao anoitecer, arrumar algo para comer, me distrair com uma insuportável televisão de péssima imagem e com surpreendente poder de alívio, a quadra comercial pacata, o Danilo que não chega do trabalho antes das Dez e Vinte, o dia seguinte e o tempo passando sem eu ter lido os textos das próximas aulas, a saudade dos meus amigos que ficaram, a falta de um computador, o telefone público e o interurbano que me punham de pé e que me alimentavam. Que saudade imensa.

sábado, 26 de abril de 2008

Radicalismo Ofensivo

O que tem acontecido comigo? Eu sinceramente não sei qual é a razão do problema. Muito provavel que sejam vários. Eu não sei. Só sei o que acontece, e que me toca.
Isso vem de vários lugares? Com certeza o carangueijo está no seu momento mais afetado, e quando percebe acusações no ar, mesmo que infundadas, indiretas ou inofencivas, se esconde e belisca.
O que está acontecendo? Eu sinceramente estou ficando com medo. Que nazismo é esse? Quando foi que eu joguei os restos de auto-crítica que eu tinha? Na verdade, eu acho que ela ainda existe, mas algo a atropelou. Ou melhor, acho que encontrei meios "legitimos" para sustentar tudo aquilo que eu sempre quis dizer. E mais, encontrei meios "legitimos" para despresar tudo aquilo que eu sempre quis, numa forma maniqueista às avessas, um pós-maniqueísmo. E o pior, meu conceito de legitimidade não concorda com os demais. Mais pior ainda? Eu sei que é ridículo, mas eu não vejo como sair disso, e nem se quero.
O que está acontecendo? Eu fico embebido em panos de "Don't you ever trust my mercy!" e não sei como sair disso. Não tem dado sinais de melhora, não tem dado sinais de estabilização. Tem dado sinais ofensos. Não tenho conversado mais com quem queria que conversasse comigo sobre isso. É quase ajuda o que peço. Quase, por que no momento meu orgulho não me permite pedir.
Autoritarismo, nazismo, intolerância e arorgâcia. O que está acontecendo?
It's not safe in here.

terça-feira, 22 de abril de 2008

Noites de um Índice de Produtividade Baixo

Então, numa noite fria, eu na minha mesinha aqui, estudando com um índice de produtividade em torno de 2 páginas (de um texto facílimo) a cada 4 horas, me dividindo entre essa leitura e o msn constante e pujante. A Senhora Aline me pede para que eu traduza para ela uns trechinhos de um texto em inglês que ela estava lendo. Aceitei. Era um texto de epistemologia. E parecia uma brincadeira, como se o autor tivesse acordado numa manhã de domingo, à toíssimo, e pensasse: "Nossa, que vontade de escrever um texto-que-pareça-dizer-tudo-exatamente-ao-contrário-do-que-se-é-na-verdade!" Que medo. O primeiro trecho me deixou meio que desconfiado:

"On the other hand, there is good theory and bad theory - by which I would mean theory that conduces to morally responsible thought and that which leads us away from it."

Fiquei desconfiado. Ao passar dos trechos, o texto "se eleva"(???) a isso:

"Not a matter of theories being true or false, because theory, being inherently spectulative and deliberative, cannot be subimitted to criteria of falsification on the basis of an appeal to facts."

Repito: que medo!

Mas, que saber, depois eu reli e pensei melhor... Pra que querer teorias verdadeiras? Quem precisa disso? Não precisamos nem de questionamentos se as teorias são ou não verdadeiras! Isso é tudo idiotice, o mundo funciona muito bem sem pensarmos sobre a validade e veracidade delas! (Rsrs)

Como se não bastasse, resolvi pentelhar a Aline. Como sabia que ela iria copiar a minha tradução para o caderno, aproveitei e escrevi no meio da frase "appropriately invoked for the assessment of a theory[...]" , "O pi é lindo!"

Sim, ela copiou.

domingo, 20 de abril de 2008

Nota

Lembrar de sempre ser o bobo da corte ao jogar truco.

quarta-feira, 16 de abril de 2008

Aqueles que não têm nada pra estudar

Tiêta do Agreste diz:
say something pi
tou entendidado *-)

.
felipe diz:
haha
eu tb tô!

.
Tiêta do Agreste diz:
(adotei o estilo pitoresco hauhau)

.
felipe diz:
hahahaahaa
é contagioadoso

.
Tiêta do Agreste diz:
hauhauahuahua
de fato vc tá digitando tudo errado ahuahaua

.
felipe diz:
(essa foi de proposifto)

Repúdio a quem filosofa sobre a vida

Sabe, a vida não precisa de um sentido. É tudo repetição. Só as palavras mudam.

segunda-feira, 14 de abril de 2008

Odeio quem filosofa sobre a vida

Sabe, a vida não precisa de um sentido. É tudo repetição.