sábado, 3 de março de 2007

Sai daqui, saí daqui!

Extremado no meu cansaço de não por em prática o que eu quero. Extremado na minha preguiça de não produzir. Extremado nos extremos de uma latencia que me enjoa e deixa mais ainda preguiçoso. É definitivo agora, adoro falar isso, agora sim, não deixarei nada por terminar(mais no sentido de "não terminarei mais"), e porei mais as coisas pra fora. Ou melhor atirarei as coisas para fora. Sabe, não encaixa eu ficar guardando coisas na minha cabeça e não desenvolvê-las, e não vê-las prontas, sem produtividade para compensá-las. É defintivo agora, já decidi que não será mais assim.Mas, olha só!, também são definitivas e eternas e múltiplas as vezes que eu digo isso das coisas, e nada muda, as vezes em que eu me proponho isso, e acordo no dia seguinte derretido, estendido na cama e derretido. E mais uma vez, talvez eu só tenha dito aqui que isso é definitivo somente pra ter dito isso sobre alguma coisa. Como é lindo dizer que algo será de tal forma.Mas eu sim concordo que não há logica alguma pra que eu prossiga com esse nível de produtividade pífia que tenho. Sabe, a minha auto-crítica é enorme, e ela é um dos motivos para que eu me pode, para que eu leia algo e diga "horrível! boçal! limitado! pouco inovador! fraco!", e acabe por abandonar tal projeto ou atirá-lo no terceiro canto do meu quarto quadrado. Alguém que pouco me conheça poderá dizer - como já me disseram antes - "ah, force-se a escrever, ou escreva qualquer coisa sempre que quiser, ou que precisar, pelo menos para sair disso, e tal..." E tal, uma ova! Comigo não é assim, comigo não é assim, e não quero dizer como é comigo.Está vendo? E eu nem gostei dessa porcaria toda aqui. Não mesmo.Vai embora, sai daqui, saí...

Toddy Noturno

Hoje eu me levantei da cadeira, me dirigi a cozinha e preparei meu imenso copo de leitinho-com-toddy gelado. Comida da madrugada. Sentei-me na cadeira de novo. Bebi, quando estava no final, tive que emborcar o copo, e o pescoço também para que o restinho viesse a cair na minha boca. Emborquei-me, bebi. AO voltar da posição em que estava, segurando o copo de vidro na minha boca, virei os olhos e me vi fazendo uma expressão muito curiosa. Digo curiosa porque se tratava de uma expressão voltando-de-uma-posição-de-beber-um-resto-de-algum-líquido-num-copo-alto. Era uma expressão de esforço, ou de um mergulhador que acaba de retornar à superficie após uma busca lá em baixo. Ou então de uma pessoa que estivesse sendo sufocada e voltasse a respirar. Não que haja alguma metáfora nisso, não, não há. Esse parágrafo aqui é só uma descrição, sem conflito algum. Bom, a não ser que você queira dar um conflito a isso. Fique à vontade.