segunda-feira, 11 de fevereiro de 2008

Livros e Promessas

"Acho que no começo fumava muito, pelo menos o quarto está cheio de cinzas, de pontas de cigarros, já que não existem cinzeiros, e é impossível abrir a janela, você está me ouvindo?"
Caio Fernando Abreu, em Luz e Sombra.
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Poderia ser uma página de um livro de uma vida:
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"E, então, a pertir daquele dia os amigos dele perceberam que, aquela pormessa que ele havia feito, não muito distante, ainda ressonaria por muitos e muitos tempos, uma reiteração infinita que conseguia carregar um certo peso de muitas memórias, e uma certa leveza, por beleza própria. O Cigarro nos bolsos, o Cigarro nos dedos, o Cigarro em poses blasés e bleas. Vagarosamente. Vagarosamente os amigos iam percebendo que ele sempre reclamaria de tal promessa, que ele nunca iria contra."

1 comentários:

dora disse...

"reiteração infinita que conseguia carregar um certo peso de muitas memórias, e uma certa leveza, por beleza própria."

e que isso fique contigo... a beleza. e força. e a lembrança. e que esta seja suficientemente bela e forte até que você seja suficientemente maduro para ela deixar de fazer sentido. se é que você me entende,