quinta-feira, 21 de agosto de 2008

Para Lyanna (ou Como minha cabeça funciona às vezes, só às vezes)

Um amigo comentou comigo sobre um concurso de literatura. O 19º Concurso de Contos Paulo Leminski, da UNOESTE. Daqueles que eu morro de preguiça de participar. E, sim, também morro de medo de ficar em último lugar.

Entrei no site do tal concurso. A mérito de curiosidade, cliquei na seção Anteriores e dei uma olhada nos vencedores dos anos anteriores. O vencedor do ano passado foi um conto entitulado Batalha Pacífica.
Poderia haver título mais boçal? Imagino o autor acordando um belo dia e pensando "vou escrever um conto!", e, mais tarde, "noossa! Vou colocar um paradoxo no título!". Aproveito a oportunidade para esclarecer o meu ódio a falta de sensibilidade em literatura. Puta merda, tipo, se toca, esse título é ridículo! O uso de paradoxos em títulos, para criar uma metáfora riquíssima e blablabla, passou de sacada genial para moda e para cliché primário e depois para cliché absoluto em exatamente quatro segundos após a primeira pessoa ter tido essa idéia! Nem mesmo Nora Roberts ou Danielle Steel fazem isso mais!


Vou participar do concurso. Já comecei a escrever um novo conto. É uma história de amor, como sempre. Ainda estou decidindo o título. Estou em dúvida entre "Amores Odiosos" ou "Vida Mortal". Me ajudem.

No site do concurso ainda há uma lista dos vencedores das Menções de Honrosas. Adivinhem como se chama o primeiro deles? Dica: a autora é uma professora de uma faculdade de letras. O título de seu maravilhoso conto que levou menção honrosa desbancando seus bravos concorrentes foi O Poder do Livro.
Imagino que ela deve publicar uma série de contos seguindo essa linha mias política mesmo. Os outros títulos seriam O Poder do Amor, O Poder da Paz, O Poder do Bem, O Poder da Vida... Riquíssimo.

Me poupe de tanta professoras prezárias - conceito meu e da Lyanna - que fazem letras metidas a politicamente corretas. É sempre a mesma coisa: mulher em torno dos 23, 24 anos, sempre de estatura mediana, que costuma usar calça jeans e tênis branco, óculos, cabelos presos e adora Cecília Meirelles e Vinícus de Moraes. Me poupe. E nem vem reclamar que eu estou falando sem propriedade ou conhecimento de causa. A Lyanna é minha fonte de informações pela qual extraio minha base empírica sobre os assuntos do "pessoal de letras".
Não bastasse isso, fui - realmente - pesquisar no google who the hell era essa mulher. E, voilà! Encontrei inúmeros títulos que ela já publicou! Os nomes das principais obras primas:
Ritual dos Anjos e Mensagens das Flores!

ps.: o nono lugar a receber menção honrosa foi um conto cujo título era Cemitério - O início de uma nova vida. eu espero que seja puramente espírita, por que se não for, o autor também é daqueles que aposta num paradoxozinho légau no título pra enfeitar!

1 comentários:

Luiza disse...

ahahahhaha
muitovocê