terça-feira, 8 de maio de 2007

Teorizações


Ontem estava me perguntando por que motivo me atraio tanto por teorizações. Me atraio por elas, gosto de compreender as coisas, sei lá, ver as coisas que em mim são desorganizadas organizadas, por mais que eu goste da desorganização. A resposta é que eu não sei o motivo. Levantei hipóteses. Consegui estruturar algumas: a prática, a discussão e o discurso.
Quanto à prática, refuto totalmente. Não me sinto interessado por teorias tendo em vista assumir tal posicionamento no mundo ou adquirir tal ideologia. Exemplo disso, gosto de ambos os lados, aprecio autores que são o oposto um do outro, o que seria impossível se meu foco ao ler Teoria fosse a busca por uma posição embasada.
A discussão já me parece bem fundada. Trabalhar com Teoria e se envolver com elas, tem sim em mim um fundo de possibilitar discussões e, inclusive – o que é o mais importante – tem embasamento no nível de argumentos e contrapontos. Por mais que esse, sinto eu, não seja o único motivo nisso tudo.
A hipótese final, que tem se firmado bastante lógica hoje em dia, é que as teorias pelas qual me envolvo servem como o pano para meu entendimento do discurso. Ou seja, para a análise do que é dito. Para a análise do que é dito, da forma como os argumentos se estruturam, se se fazem válidos ou não, quanto às incoerências, e inclusive contrapontos. Acho importante dizer que a análise do discurso não é a ferramenta usada para criticar, sei lá, politicamente as idéias de Maquiavel, mas sim a ferramenta utilizada para perceber as nuances, inclusive retóricas e estruturais do que é afirmado. Logo, a análise do discurso é desprovida de ideologia. Mas isso não é novidade.

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