quarta-feira, 9 de maio de 2007

A Chave e a Coisa


Como assim? Que coisa! Que simbologia ridícula! Estava eu me alimentando de um delicioso pacote de Bono recém comprado, o qual possui 21 cm de altura e 4 de diâmetro, sabor Floresta Negra (o chocolate puro e convencional me enjoa), quando sentei-me no sofá e liguei a porra da televisão. Me deparei com toda a magia dum ser vestido de branco, meio gordo, desajeitado, esquisito e velho: o Papa. Opa!, o papa.
Como eu queria estar em São Paulo na sua recepção! A transmissão televisiva estava divertidíssima, e toda a energia e animação católica me consumia! Não agüentei, me levantei do sofá e me pus a dançar animadamente algumas das músicas que o coral de não sei onde cantava.
Voltando: que simbologia ridícula! Deus do céu! O prefeito de São Paulo, como de costume, ofereceu ao papa A Chave da Cidade. ????????. A chave? Como assim? O que ele quis representar com isso? Absurdo! Por que, assim, pelo que eu sei, por exemplo, uma senhora de 63 anos de idade, quando recebe uma pessoa importante em casa, ela oferece uma xícara de chá, outras pessoas, um cafezinho, eu dou um abraço. Mas uma chave? Uma chave enorme, feita de sei lá qual metal, que nem cabe no bolso do bom velhinho! Teria sido muito mais interessante ele ter ganho um guarda-chuva! Ó, não, um guarda-chuva não. Não se sabe o que essas pessoas podem fazer com objetos longos...
Tá, uma chave. Tudo bem. Vamos lá, o que significa essa chave? Significa que o papa agora comanda a porta de São Paulo? Que ele pode entrar quando quiser? Ele vai ficar com a chave pra sempre? Ele pode levar para casa? E mandar, na surdina da noite, fazer algumas copias e vendê-las ao PCC? Sei lá, nunca se sabe. E outra, deve haver muitas copias dessa chave, porque não é a primeira vez que eles entregam ela a visitantes. Tipo, Stálin poderia ter tido uma chave de São Paulo? “Que tal uma chavinha aí, Hitler?”
E agora, para finalizar com classe, glamour e muito estilo, vou fazer alguns joguinhos de palavras com a palavra Papa (Espera! Palavra vem de lavra, que corresponde a trabalho. Mas o papa não trabalha! Quer dizer que papa não é uma palavra? Qual a natureza do papa?). Então, vou fazer joguinhos! Vamos lá, crianças! (veja a jovem professora do pré, muito feliz e animada na sala de aula).
Papa-pomba-pouco-papa-pomba!-popó-papa-o,papa,pipocou-papa,don’t,preach-papa,papel-papa,puto-papa,papinha,de,neném-papa,bicho,papão-papa,pacato-a,pata,do,papa-o,papa,papou,pouco,comamais!
O papa é pop! Meu deus, Que jogo bom foi esse último! Tenho que fazer uma música com isso! Que tal: “O papa é pop / O hippie é pó-óbre!” Muito bom, muito bom! Não, não, não me aplaudam! Aplaudam Deus (dedos cruzados), pois foi ele quem me inspirou. (Logo, Deus é minha musa??? Que coisa!). Mas o que estou dizendo!, Deus não me inspirou! Deus me CRIOU! ... ... ... E qual foi a inspiração dele? Eu? (logo sou Deus?, defina “logo”?). Logo sou a musa de Deus? Meu deus!, eu sou Maria! Ó! E, eu sempre querendo aplicar o complexo de Édipo nas coisas, me, desculpe, me, desculpe, pela, falta, de, tomate!

“Não se esqueça que: nem tudo que eu falo aqui, corresponde à minha opinião; nem tudo que eu digo aqui, corresponde ao que eu penso; nem tudo que é aqui é verdade. Até mesmo essa afirmação. Ou não, talvez eu tenho escrito isso aqui com o puro intuito de me esquivar de críticas alheias ou atritos com leitores.”

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