quarta-feira, 7 de fevereiro de 2007

Asas de gaivota, a expectativa e a poesia romântica


Estava caminhando na rua do amor
Quando a vi na janela
Tinha uns lábios de mel
E asas de Gaivota

Ela havia chegado
duma peça de teatro
estava fantasiada; era o pássaro com bolotas

Me aproximei-me dela mesma, quis
beijá-la
mas seus lábios gotejavam pingos
de mel

O Parapeito da janela era de madeira e para lá iam
as formigas
para comer o mel amarelo
Ela estende os dedos; pega uma delas, e leva
à bocarra
a mastiga, bochecha com o inseto
Solta um grito, leva a mão a boca e tira um dente.

Move o olho do céu azul para meu rosto
arre-ga-la-os
Ôôôôôôô!Sua cabeça girava! Quantas dúvidas e problemas! Ser ou não...?
Sua cabeça girava! estava como clarice. Sua cabeça girava!
E seu pescoço doía.

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